quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

DESESPERO - 08/12/2006

A hora passa.
A tv continua ligada!
Nem sei mais que horas são.
Já não se houve mais barulho na rua,
e não tenho coragem de olhar o relógio.
As mãos suam.
Os pensamentos se tornam incontroláveis.
A sensação amarga na garganta não passa.
O sono foge incessantemente.
A cama, que até ontem me acolhia no sono,
hoje não é mais confortável.
O lençol se enrosca no meu corpo,
o travesseiro cai no chão a cada minuto.
Até o ar fica pesado, difícil de respirar.

Sem esperar as primeiras lágrimas descem
e a sensação que já era desagradável, se torna incontrolável.
O desespero toma conta.
É aterrorizaste,... insuportável.
Da vontade de morrer!

O corpo não responde,
e perde todo o controle sobre o sentidos.
Incontroláveis, mãos e pés não param de tremer.
O ar quente se torna gelado.

E telefone não toca!

Nesse momento.
já desconheço quem sou,
o que faço,
onde estou,

a única vontade é de me fechar...
fechar as portas,
as janelas,
todas as frestas com o mundo,
e ficar trancado.
Fechado nessa caixinha que criei,
sentado no canto mais escuro.


Vitor Zimmermann

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